Mas algumas características predominam nesse tipo de viajante: gostar de viajar muito e gastar pouco, não depender de luxo, possuir uma rotina simples, passear sem pressa, viver por conta própria trocando seu trabalho por moradia ou comida (até porque em outros países isso é comum) e desbravar lugares incomuns, não sendo obrigatório visitar os pontos turísticos famosos. Ser mochileiro é liberdade, é despir preconceitos, é ser explorador, é ser aventureiro (mas nem sempre), é estar bem consigo mesmo e também ter uma ótima relação com outras pessoas.
Para você que tem poucas experiências com mochilão ou para você que quer criar coragem e experimentar pela primeira vez esse estilo de viagem, reunimos aqui três dicas espertas para você “mochilar” por aí.
Planeje seu roteiro
Pegar o primeiro vôo ou ônibus e sair sem rumo não faz parte do espírito de um mochileiro, muito pelo contrário, o planejamento do roteiro é feito alguns meses antes da partida. Pesquisar onde ficar e os melhores preços, tipos de transporte do local, distâncias de um lugar a outro, locais para visitar, pesquisar a cultura e costumes daquela região são algumas das dicas para o planejamento. Pesquisar nunca é demais, o que não falta são sites e blogs pra você conhecer as experiências de outras pessoas. Se for viajar fora do país, localizar o endereço e telefone da embaixada brasileira é uma sacada de mestre. Aplicativos para ajudar na organização e na localização da cidade são ótimos aliados. Use a imaginação e a tecnologia a seu favor, crie seu mapa ou roteiro e desfrute de uma viagem tranqüila.
Orçamento realista
Se a trajetória for nacional é mais fácil calcular os valores gastos por dia. Agora se as andanças forem internacionalmente, o planejamento deve ser mais cauteloso, prestando atenção na moeda local e custo diário básico. Não adianta ‘chutar’ e achar que vai dar pra sobreviver, planeje para evitar correr o risco de faltar dinheiro. Tenha em mente quais atividades você está disposto a exercer, de acordo com o que cada região oferece, para ajudar no orçamento e garantir sua vivência básica. O que comer e onde dormir deve ser calculado economicamente, antes e durante a viagem.
Bagagem (útil)
Pense somente em coisas úteis. Imagino que se você quer mergulhar nesta experiência, não deve estar esperando uma rotina cheia de vaidades. Por isso é muito importante pensar bem nas coisas que você vai realmente precisar e utilizar. Aqui vão algumas dicas, adapte à sua maneira: toalha, barraca, saco de dormir, nécessaire com seus objetos de higiene básica, 5 conjuntos de roupas (lembre-se que você pode lavar em suas hospedagens ou em casas de lavagem de roupas), dólares, cartões de débito e crédito habilitados para uso internacional, passaporte, carteira de vacinação, documentos, máquina fotográfica/celular, carregadores, caixinha de remédios (para dor muscular, dor de cabeça, dor no estômago, para náuseas e diarréia e outros que achar interessante para você). Antes da viagem revise sua bagagem várias vezes, é possível que ainda encontre algo desnecessário para levar.
Durante a viagem, os improvisos vão rolar, mas ter um norte de como agir nos primeiros meses ajuda a manter você mais tempo na sua jornada. Use sua criatividade, seu espírito desbravador (porém atento!) e seu jogo de cintura, assim sua caminhada será incrivelmente valiosa. Boa jornada!